O ponto de chegada dos regimes autocráticos é sempre uma incógnita, mas o ponto de partida começa invariavelmente pelo cerco à imprensa independente. Nas Filipinas, Rússia, Turquia, Hungria ou Venezuela, o ritual é o mesmo. Embora em graus bem distintos de intensidade, tais regimes usam poderes de tom absolutista para intimidar jornalistas e enfraquecer economicamente os meios de comunicação para, passo a passo, assumir por via direta ou indireta o controle sobre o que se divulga em seus países. O objetivo: evitar reportagens desconfortáveis, abafar notícias críticas e calar vozes dissonantes. O resultado: fragilizar e até eliminar barreiras que se interpõem diante dos arroubos autoritários antes de avançar sobre outras instituições da democracia.
- Mais sobre:
- opinião da rbs
- jair bolsonaro