Por Daniel Trzeciak, deputado federal (PSDB-RS)
Anunciada em 2012 como uma obra vital para alavancar a economia do Rio Grande do Sul (de forma especial, da zona sul do Estado), a duplicação da BR-116, no trecho entre Guaíba e Pelotas, sempre foi vista como a grande saída para um gargalo que ainda sufoca o desenvolvimento e teima em transformar vidas em estatísticas de morte no trânsito.
E ainda que se lamente ter o investimento original de R$ 900 milhões saltado para R$ 1,8 bilhão, prefiro aqui focar na esperança que os primeiros quilômetros liberados dessa duplicação trará a nós, gaúchos. Falo numa viagem mais tranquila a todos que ali trafegam; falo em segurança para os motoristas profissionais; falo em maior eficiência no escoamento da nossa produção; falo em valorização do Porto de Rio Grande; falo em reerguimento da autoestima da população da zona sul do Estado; falo, enfim, da realização de um sonho, idealizado por lideranças dos mais diversos segmentos da região, que se mobilizaram e pressionaram para que, efetivamente, saísse do papel essa tão esperada duplicação.
Quarenta e sete quilômetros estão sendo liberados neste primeiro momento, de um total de 211 quilômetros. É pouco ainda, aproximadamente 22%, mas significa um marco inicial para a população, que tanto clamava para que isso ocorresse.
O empenho incansável por parte do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em retomar e terminar obras que ficam pelo caminho por todo o Brasil, bem como a pronta execução pelo Dnit, motivam aplausos. Porém, ainda temos muito a conquistar. A luta deve ser intensa até que a obra esteja 100% concluída.
Não há "pai da criança" quando se fala em conquista coletiva. Quanto mais pessoas engajadas no propósito, mais representatividade teremos. A lógica é simples. A política é assim. E nos mostra o quanto é saudável unir forças para concretizar o objetivo comum que sempre deve existir por trás de qualquer política pública: entregar benefícios à população, independentemente de que lado venha.
"Duplicar" é o verbo que resume a interação de todos, que poderia muito bem ser também "multiplicar", tamanhas foram as adesões ao projeto.
Por fim, retomo: são 211 quilômetros, nove lotes de duplicação, 12 municípios diretamente abrangidos, mas o destino é um só, o de recolocar a zona sul do RS no rumo do progresso e do desenvolvimento.