Por Sílvio Aloysio Rockenbach, jornalista
Novos ventos sopram por estas bandas. Fraport, Orla do Guaíba, Jaime Lerner, Moacyr Scliar, Eva Sopher, Lya Luft, Ivo Lorscheiter, Walter Altmann, José Lutzenberger, Jayme Caetano Braun, Jair Kobe, Medical Walley, SAP, Stihl, CatSul, Instituto Caldeira, Fábrica do Futuro são alguns destaques na recente atuação alemã no RS.
Já em 1776, o general Johann Heinrich Böhm, enviado por Lisboa ao Brasil Colônia para formar um Exército "brasileiro", virou “Libertador do RS” ao expulsar em Rio Grande os espanhóis e platinos que há 13 anos ocupavam nosso território.
A partir de 25 de julho de 1824, a imigração inovou com agricultura familiar, alfabetização e sobrevivência comunitária, cooperativismo, agronegócio, navegação, ferrovias, industrialização, clubes sociais, esportivos – Sogipa, União, Veleiros do Sul, Jangadeiros, Iate Clube Guaíba, Clube de Regatas Almirante Barroso, Leopoldina Juvenil, Grêmio Esportivo Renner, Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, Caixeiros Viajantes, Sociedade Germânia, Centro Cultural 25 de Julho, Sociedade União Popular; arquitetura - Theodor Wiederspahn, Rudolph Ahrons, Franz Joseph Lutzenberger: Mercado Público, Theatro São Pedro, Usina do Gasômetro, Mata-Borrão, Margs, Hotel Majestic/Casa de Cultura, Memorial do RS, O Laçador; Cervejaria Brahma/Shopping Total, Casa Ely/Tumelero, Igreja São José, Instituto Pão dos Pobres; Indústrias Renner, Fogões Berta, Wallig, Geral; Neugebauer, Wesp, Steigleder, Springer, Conglomerado Frederico Mentz, Grupo Gerdau, Ciergs/Fiergs; Casa Lyra, Krahe, Guaspari, Bromberg (maior empresa comercial da América do Sul); Hospital Moinhos de Vento, Colégio Farroupilha, Pastor Dohms, Navegação Aliança, Varig.
Muitas sumiram vítimas do fatídico Decreto de Nacionalização de 1937 e do bullying antigermânico mundial do pós-guerra. Outras, no rojão de populismos de esquerda/direita, chagas do messianismo que assola repúblicas latino-americanas. No horizonte, o Bicentenário da Imigração Alemã em 2024. E novos ventos e alentos.