Por Darcísio Perondi, deputado federal (MDB-RS)
As alterações feitas na reforma da Previdência não causam impacto no resultado fiscal. Temos um sistema previdenciário injusto, poucos ganham muito e muitos ganham pouco, é insustentável. A reforma acaba com privilégios, protege os mais pobres e é necessária para a economia gerar emprego. A aposentadoria dos servidores públicos converge para regras do setor privado. Eles têm aposentadorias que vão além de R$ 35 mil. No setor privado, o teto é de R$ 5,8 mil. Todos estão incluídos na reforma: políticos, juízes, militares. Todos!
Quem custeia a aposentadoria alta do servidor público é o cidadão pobre, que paga imposto quando compra um pote de margarina ou um litro de leite. Nada mais injusto! O trabalhador pobre não será afetado: 66% dos aposentados do setor privado têm salário mínimo. Nada muda para eles.
A idade mínima também diminui a desigualdade. Os homens mais pobres já se aposentam em média aos 65,5 anos de idade, e as mulheres, aos 61,5 anos. Quem se aposenta cedo tem renda mais alta. Trabalhador de baixa renda não consegue contribuir por 35 anos e não se aposenta por tempo de contribuição. Hoje, nascem cada vez menos crianças e os brasileiros vivem cada vez mais. Quem trabalha hoje paga pela aposentadoria de hoje. Atualmente, a conta já nem fecha, imagina no futuro.
No Benefício de Prestação Continuada (BPC), a reforma antecipa em cinco anos o direito de receber. Quem quiser começar a receber aos 60 anos, terá direito a R$ 400 por mês, sem ter contribuído, e o valor aumenta para um salário mínimo aos 70 anos. Quem fica no sistema atual recebe um salário mínimo a partir dos 65 anos. Deixemos os mais pobres escolherem. A oposição acha que sabe o que é bom para os pobres, sem perguntar para eles.
No rural, as mudanças são para desmontar esquema de fraude e ter cadastramento confiável. A reforma é para toda a nação. O Parlamento optará por qual é o Brasil que queremos. O das crianças e jovens ou o dos privilegiados e desempregados.