Por Ricardo Felizzola, CEO do Grupo PARIT S/A
Encerra-se um ano eleitoral em nosso país onde o povo surpreendeu e o baile segue. Desejo a todos o melhor do Natal e uma virada de ano especial com energias renovadas pelos novos caminhos e consequentes oportunidades. É hora de revisar valores e questionar algumas coisas participando, assim, deste ciclo de mudanças em nosso país que é compatível com um mundo que oferece várias alternativas e está acelerado.
Como a maioria dos de minha idade, educados fomos para esperar do Estado a solução para tudo e todos, famílias, comunidades de bairro, cidades e regiões. Crescemos lendo romances de Jorge Amado, crônicas de diversos bem-humorados esquerdistas, obras brasileiras diversas contando mais estórias do que histórias, sem muita filosofia e mais no viés do catolicismo brasileiro, o maior do mundo. Com 22 anos, apesar de engenheiro formado, uma cevada ignorância original me acompanhava a partir de uma educação incompleta. Não entendia nada da verdadeira História, não conhecia uma linha das teorias econômicas que iriam predominar no planeta, era contra os ricos porque achava que eles eram os grandes culpados por haver pobres no mundo. Eu lia pouco e mal e, como bom engenheiro, calculava muito. Por curiosidade e exemplo de alguns colegas, me tornei empresário, um verdadeiro acidente de percurso. Não entendia de vendas, de industrialização, de marketing, de impostos, de nada. Comecei a ler e aprender fazendo, mas sempre buscando mestres autores. Trinta e cinco anos se passarem e a leitura não só diminuiu minha ignorância como me fez mudar. Foi uma relação de causa (leitura) e efeito (atitude). Reformei valores e crenças e, hoje, acredito ser isto um caminho necessário e natural para todos nós brasileiros, na medida que temos mais acesso a informação. Sempre se pode vencer a ignorância. Há sempre muito o que descobrir e aprender!
A internet está aí para ajudar. Com mais leitura, há condição de fundamentar argumentos, de defender boas ideias e aperfeiçoar nossas crenças. Um dos livros que mais me tocou em tudo que li na vida foi A Revolta de Atlas, da filósofa russa, radicada nos Estados Unidos, Ayn Rand. Para entender a moda dos estudantes de economia de Chicago e do Olavo de Carvalho, leiam esta autora, vale a pena. Os argumentos pró e contra vão melhorar, o que vai valorizar o debate neste ano verdadeiramente novo em nosso país.