Por Kelli Pedroso, escritora
Desde que a exposição Etnos - Faces da Diversidade, no Santander Cultural, foi aberta ao público, fiquei com vontade de visitá-la, e o quanto antes, pois pensei na possibilidade de alguns censores se manifestarem e fazerem o possível para fechar a exposição, já que ela aborda a diversidade e a intolerância. Depois da barbárie que ocorreu com a Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, não duvido de mais nada. Então, convidei uma amiga e fomos.
Na exposição pública de Etnos estão expostas cerca de 160 máscaras, de diferentes países e consequentemente diferente culturas. Há inúmeras máscaras que remetem a povos ancestrais, aos carnavais (venezianos e colombianos), a Cultura Pop - há máscaras do Batman, do Homem-Aranha, inclusive capacetes da dupla eletrônica Daft Punk). Na exposição em questão fiquei sabendo que a menor máscara do mundo é a do nariz de um palhaço –confesso que nunca havia levantado a possibilidade de um nariz de palhaço servir como máscara.
No meio do espaço há um vídeo onde mostra a contextualização da exposição. É deveras interessante, pois começa com as tribos ancestrais, passando por rituais de candomblés, até chegar no anonimato do mundo virtual.
A amostra do curador Marcello Dantas nos faz refletir a diversidade do nosso tempo - e o quanto há de belo nela! Basta que os preconceituosos deixem as limitações de lado e reflitam que apesar das diversidades, todos nós compartilhamos de uma das coisas fundamentais para a sobrevivência: o amor e, principalmente, o respeito ao próximo.