Por Vitor Augusto Koch, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS)
Estamos vendo o Brasil, novamente, entrar em um redemoinho de confusões institucionais. Fatos recentes que deixaram o país em polvorosa, como a paralisação dos caminhoneiros, a disparada do dólar, o aumento da inflação e a elevação de preços em produtos primordiais para todos os brasileiros, fez com que a confiança da população caísse de maneira fora do comum.
No entanto, há males que podem vir para um bem maior. Esses fatos simplesmente removeram qualquer tipo de maquiagem que oculte a verdadeira face do nosso Brasil nos dias de hoje, qual seja, um país desfigurado pelo excesso de bagunça institucional.
Isto é positivo, na medida em que estamos às vésperas de termos a oportunidade de mudar os protagonistas do processo político via eleições. A questão envolve diferenças de opiniões, mas uma coisa deveria ficar bem clara. Pensamento político, ao contrário do que se supõe atualmente, não tem nenhuma relação com moralidade administrativa. Bandido é bandido, seja ele de direita, esquerda, centro ou qualquer outra coisa.
Outra questão essencial é que o Brasil, para seguir adiante em melhores condições do que as atuais, não pode mais adiar uma fundamental reorganização da gestão pública, incluindo a mudança do chamado pacto federativo em favor dos municípios e das regras que regem as relações privadas.
Estamos falando em profunda revisão constitucional. Se não temos um ordenamento social, é porque nossas regras não estão sendo devidamente cumpridas, ou não são práticas o suficiente para viabilizar um ordenamento claro, objetivo e viável.
Nesta linha, somos da opinião de que o melhor será elegermos cidadãos reconhecidos como bons gestores e negociadores. Os extremismos só nos levarão a mais distorções, enfrentamentos e caos.