Guerras entre facções, violência diária nas ruas, com tiroteios, avenidas sitiadas, vidas ceifadas por balas perdidas e policiais abatidos como gado no Rio de Janeiro é o que temos visto incessantemente nos noticiários. Não havia outro caminho a ser implementado pelo governo federal que a intervenção na segurança pública daquele Estado. Apoio totalmente a resposta dada, confiante na seriedade, na competência e na credibilidade da instituição maior do Exército brasileiro e de seu efetivo à frente dessa operação extrema. Nas figuras do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, e do comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Netto, a contribuição chega para colocar uma mão realmente firme sobre os que tomam o país de assalto e instituem o medo diário através do crime organizado. A população, acuada, em clamor, agradece.
Quando o Estado perde o controle da segurança, se faz necessária a intervenção das Forças Armadas
MÔNICA LEAL
Jornalista e vereadora de Porto Alegre
Quando o Estado perde o controle da segurança pública, se faz necessária a intervenção das Forças Armadas para que a ordem se restabeleça. O decreto do presidente Temer chega depois de episódios pontuais de uso das Forças Armadas na segurança de alguns Estados, por solicitação dos governadores, que atestaram o despreparo e a omissão dos governos estaduais na administração da segurança pública. Essa área vital, que é um direito da população e um dever do Estado, só é lembrada em discursos de campanha, quando deveria ser prioridade dos nossos governantes. Já não era sem tempo a criação do Ministério da Segurança, finalmente anunciada. Porém, de nada vai adiantar haver uma pasta específica sem um projeto nacional. Dentro disso, cessar a logística poderosa dos bandidos que acessam armas e drogas com facilidade, controlando as nossas fronteiras.
A situação na Cidade Maravilhosa é gravíssima. Retrata um quadro ímpar e extremo que requer toda a atenção. O que se almeja é que este triste exemplo sirva para que nenhum outro município ou Estado chegue ao mesmo estágio. Como cidadã brasileira, sigo na expectativa e na esperança do estabelecimento de um Brasil de paz para a sociedade de bem.