Quando um Estado da importância do Rio Grande do Sul precisa apelar a leilões de bens que, se alcançarem os resultados pretendidos, podem assegurar um total de R$ 117 milhões – menos de 10% de uma folha mensal de servidores do Executivo –, não pode haver atestado mais contundente da gravidade da situação das finanças públicas. Ainda assim, a iniciativa é válida. Primeiro, por demonstrar o quanto, mesmo falido, o poder público gaúcho segue mantendo um patrimônio dos tempos de despreocupação com o controle de gastos, que em parte já deveria ter sido alienado há muito tempo. Depois, porque o gesto tem um caráter didático, por demonstrar que governantes devem estar permanentemente atentos à austeridade em todos os níveis.
Opinião da RBS
Em busca de recursos
A particularidade de a crise ser tão grande que pequenas providências parecem inócuas não deve desestimular o controle rigoroso de gastos em todas as áreas do setor público gaúcho