Com tanta informação disponível na internet, televisão e campanhas de combate ao HIV/Aids, é realmente assustador constatar que a epidemia de vírus sexualmente transmissíveis entre jovens voltou com força.
Anos se passaram, e, apesar das informações sobre o sexo e doenças sexualmente transmissíveis, a Aids ainda é um tabu para muitos. A grande maioria são jovens que ignoram a prevenção, gerando um grande aumento nos índices da doença de acordo com o Ministério da Saúde.
Os jovens estão relaxando na prevenção da doença.
No Brasil, a pessoa portadora do vírus HIV sofre um verdadeiro desafio. Grande parte da população não aceita sua presença na sociedade e, se aceita, gera um verdadeiro preconceito. Isso tudo porque, diante da falta de eficiência na saúde pública, não há apoio a toda a população às voltas com a doença. Juntamente por isso, essa população sofre discriminação extrema na convivência social, pois é tratada de forma desigual.
Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que há no país mais de 600 mil infectados. A maioria deles não sabem que têm doenças sexualmente transmissíveis (Aids e Sífilis), sendo a maior parte jovens, de 13 a 24 anos, que acabam não tendo bem direcionados as consequências das doenças.
Existem grandes barreiras sociais nas quais deveríamos prestar atenção e com as quais deveríamos lidar. Deixar a Aids se tornar um tabu é um verdadeiro erro para a sociedade. As discussões sobre Aids e HIV estão perdendo espaços nas escolas e espaços públicos. Dentro das famílias também se discute cada vez menos sobre o assunto sexualidade.
Entretanto, os jovens estão relaxando na prevenção da doença. A falsa ideia de que "não vai acontecer comigo " é uma cortina de fumaça. Ela bloqueia o debate e contribui para diminuir o interesse dos jovens sobre o assunto. Não basta apenas ficar nas palavras. É preciso agir, ter atitude. E essa atitude deve ser praticada por todos os segmentos da sociedade, para que cada um possa cumprir efetivamente a sua responsabilidade e, dessa maneira, garantir que a prevenção da Aids se torne algo real e não apenas um projeto a ser estabelecido.