*Vice-presidente de Administração e Finanças da Randon S.A. Implementos e Participações e presidente do Conselho Diretor do PGQP
As recentes melhoras nos indicadores econômicos reforçam a perspectiva de que estamos chegando ao final da prolongada crise que exigiu das empresas e da sociedade como um todo focar esforços na busca da sobrevivência. Acredito que podemos acelerar esse processo de recuperação, restabelecendo uma pauta positiva, de crescimento com qualidade e competividade, e, nesse sentido, me entusiasma o fato de que temos aqui no Rio Grande do Sul um importante aliado: o Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP).
Aproveito que o PGQP completa 25 anos, dia 15 de outubro, para registrar o quanto é essencial para as organizações, privadas e públicas, dispor de ferramentas que tragam processos ágeis, que gerem melhores resultados. Neste período, acumulamos subsídios para analisar a importância da inovação e da tecnologia para os mercados se reinventarem e se diferenciarem, saindo do lugar comum e oferecendo muito mais do que gestão de qualidade, uma experiência de relacionamento com visão de longo prazo.
Em nosso Estado, o Programa já envolveu mais de 11 mil organizações, cerca de 300 mil pessoas capacitadas e uma rede de 71 comitês setoriais e regionais focados em todos os segmentos, mobilizando organizações de pequeno, médio e grande porte. Fruto deste empenho, responde por um dos maiores eventos do mundo em qualidade, o Congresso Internacional da Gestão, e pelo Prêmio Qualidade RS que, em 22 edições, entregou aproximadamente 1,3 mil reconhecimentos. Esses resultados não deixam dúvida de que o PGQP é um patrimônio gaúcho na disseminação das boas práticas de Qualidade, sendo que o modelo, construído de forma coletiva, muito contribuiu para a melhoria da competividade de milhares de organizações.
Para colocar em prática essa nova agenda, tenho certeza de que o programa tem muito a contribuir, como aliado no necessário engajamento de todas as lideranças em uma causa maior: a valorização e a saúde estrutural e financeira do Estado em que vivemos. Em uma ação conjunta entre público, iniciativa privada, universidades e o terceiro setor é possível transformar o Rio Grande do Sul em ambiente mais propício para negócios saudáveis e sustentáveis, além de um lugar melhor para se viver e trabalhar.