É notável o esforço de membros do Ministério Público Federal para reaver dinheiro público desviado pela corrupção, mas o acordo de leniência firmado com o grupo que controla a JBS, propalado como o maior do mundo, é brando demais para o tamanho do estrago causado ao país. Ao concordarem que os R$ 10,3 bilhões do valor final sejam corrigidos apenas pelo IPCA, ao longo de 25 anos, os procuradores se preocuparam pouco em exigir garantias reais e suavizaram demais as condições. Na prática, o valor a ser desembolsado pela gigante do setor de carnes pode cair para até um terço do montante total, o que é inadmissível.
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