O Brasil está sendo posto à prova no máximo de seus limites. Avesso a medidas populares, o atual governo adota exatamente esta linha. Envolto na mais perigosa crise ética e moral, ainda desafia a sorte e tenta aprovar um pacote de “bondades” para sobreviver, colocando em risco todos os esforços que poderiam levar ao tão esperado e necessário equilíbrio das finanças públicas. Acabar com a corrupção ao mesmo tempo em que busca, a qualquer preço, aprovar as reformas no Congresso é uma missão quase impossível. É como reformar um avião em pleno voo. O risco de um desastre é enorme.
O que se vê diante de uma deplorável história contada em capítulos a cada dia em rede nacional é a desmoralização cada vez maior dos três poderes. Exatamente eles, Executivo, Judiciário e Legislativo, que deveriam dar o exemplo para manter o Brasil íntegro através da imagem de suas lideranças e instituições respeitando os seus respectivos papéis.
É inocente imaginar – para não dizer hilário – acompanhar em tempo real o julgamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deveria ser e se diz técnico, quando se sabe que seus integrantes, suas Excelências, os magistrados, foram indicados por políticos. É notório, também, que chegaram ao poder através da politicagem, resultando em total descrédito de instituições que deveriam estar acima de qualquer suspeita.
Quando os valores genuínos são escassos, o lado mais perigoso deste cenário fica ainda mais exposto. Novas formas de governo ganham espaço e fazem ressurgir, no imaginário ou de fato, os regimes totalitários, radicais ou totalmente populistas. Trata-se de modelos manipuladores que conferem ao povo um poder imaginário e sem nenhum foco no crescimento sustentável que, como diz o próprio nome, dá sustentação, na prática, a uma nação desenvolvida e próspera.
É preciso que nossos representantes assumam a causa do Brasil, mesmo diante de um governo enfraquecido. Senhores senadores e deputados, não vivemos uma questão de escolha de que lado ficar. Acordem em tempo e foquem seus interesses unicamente no coletivo. Priorizem a agenda positiva das reformas em nome dos cidadãos, a legião de milhões de desempregados, que também são eleitores. Não há outra saída.