Fujo da denominação América Latina. A ONU reconhece duas Américas: a do Sul e a do Norte. Esta última é formada por Caribe, América Central e América do Norte (stricto sensu). E compõe-se de países independentes (México, Estados Unidos e Canadá) e dependentes (Bermudas, do Reino Unido; Groenlândia, região da Dinamarca; Ilha de Clipperton ou Ile de la Passion, desabitada, e Saint-Pierre et Miquelon, territórios franceses). A América do Sul começa na Colômbia e termina na Argentina. Inclui a Guiana Francesa (departamento da França), Aruba, Bonaire e Curaçao (territórios autônomos da Holanda), Ilhas Malvinas, Ilha Geórgia e as Ilhas Sandwich do Sul (do Reino Unido, reivindicadas pela Argentina).
Em 1999, Hugo Chávez, ligado a Fidel e Raúl Castro, assume a Venezuela. Iniciou o que chamou de Revolução Bolivariana. Inaugurou-se uma era de governantes de esquerda na América do Sul. Em 2003, assume Lula, no Brasil. No mesmo ano, Néstor Kirchner, na Argentina. Em 2005, Tabaré Vázquez, no Uruguai. Em 2006, Evo Morales, na Bolívia. Em 2007, Rafael Correa, no Equador, e Cristina Kirchner, na Argentina. Em 2008, Fernando Lugo, no Paraguai. Em 2010, Pepe Mujica sucedeu a Tabaré, no Uruguai. Em 2011, Dilma, a Lula. Em 2011, Ollanta Humala elege-se no Peru. Em 2013, morre Chávez e Nicolás Maduro assume na Venezuela. Há sinais de fim deste ciclo. Em 2013, a queda de Lugo e a eleição de Horacio Cartes, no Paraguai. Em 2015, a vitória de Mauricio Macri, na Argentina. No Uruguai, em 2015, Tabaré Vázquez voltou ao governo. Em 2016, Pedro Pablo Kuczynski, no Peru, e Evo Morales perde referendo sobre a disputa de 4º período de governo. Houve a queda de Dilma no Brasil e a posse de Michel Temer. Do ciclo iniciado por Chávez, Evo Morales se mantém, até 2020. No Equador, o candidato de Rafael Correa – Lenín Moreno – enfrentará segundo turno (02.04) contra Guillermo Lasso, de centro-direita. A Venezuela enfrenta grave crise política e econômica.
Afirma Vargas Llosa: "Como Brasil e Venezuela eram as forças dominantes, foram determinantes para o fim do ciclo dessa esquerda a queda de Dilma e a crise do chavismo". Terá ele razão? E se os governos que sucederam o movimento de esquerda cometerem os mesmos e outros erros, poderá a esquerda voltar ou teremos populistas de direita? Para Aod Cunha, os problemas são: "a) uma nova direita burra poderá fazer nascer um radicalismo de esquerda; b) as corporações preferindo o tempo de inflação alta ou desordem fiscal para manter privilégios incompatíveis com crescimento, inflação baixa, austeridade fiscal e transparência; e c) a imprensa com o olho na opinião pública do próximo segundo".
Tudo será possível e nada será fácil.