Bastou uma simples ação de monitoramento para que a Brigada Militar prendesse um jovem usuário de crack roubando a Escola Estadual Ildo Meneghetti, na Capital. A prova da falta que essa maior presença do Estado faz é o fato de, desde o início do ano, sem proteção, a mesma escola ter sido vítima de 22 ataques, nos cálculos da instituição, 14 deles com registro policial. Por isso, é importante que o anunciado reforço de mais de 500 policiais militares nas ruas possa contribuir, com ênfase no âmbito da inteligência, para reduzir esse tipo de crime que atenta contra toda a sociedade e que tem as drogas ilícitas como principal motivação.
Sempre que alguém decide trocar patrimônio de uma escola para financiar o próprio vício, o prejuízo maior é dos alunos. No caso específico da unidade de ensino do bairro Restinga Nova, é a segunda vez, só nesta semana, que as aulas são descontinuadas pela ação do vandalismo. Quando isso ocorre, perdem também os professores e pais, além de todos os contribuintes, que mantêm o ensino público com o que pagam de impostos.
Drogas ilegais têm efeitos devastadores entre os usuários, a ponto de impedi-los de ter consciência da importância da preservação de áreas públicas, incluindo as que ficam sem vigilância à noite e nos períodos de inatividade. Nem isso pode fazer com que alunos, familiares e educadores desistam de cobrar maior atenção por parte dos órgãos de segurança e maior respeito a um patrimônio que é de todos.
Quando uma escola é desrespeitada, perde a educação, que se constitui no melhor antídoto contra a violência e a selvageria. A luta por maior conscientização, porém, não pode ser idealizada apenas como resposta ao vandalismo, devendo ocorrer de forma preventiva e permanente.