A virada de ano parece ter nos permitido um início de esperança em uma saída para a crise que vivemos. A luta contra a corrupção presta um serviço de valor inestimável para o futuro do nosso país e diversos governos de todas as esferas parecem ter finalmente acordado para a insustentabilidade do tamanho do Estado brasileiro. Reformas há muito tempo necessárias estão sendo discutidas e abre-se novamente espaço para pensarmos um novo modelo para o Brasil.
Até agora, a maior parte das medidas tomadas pelos governos foi direcionada a um fundamental ajuste fiscal, buscando o corte de despesas e alguma redução no tamanho da máquina estatal. Ainda que essenciais, esses movimentos, sozinhos, não são suficientes. Precisamos criar condições para o país crescer. Afinal, não é do Estado que vive um país, mas da riqueza que a sociedade é capaz de criar.
Uma boa maneira de medir o ambiente econômico que nos cerca são os índices de liberdade ou facilidade de se fazer negócios em um determinado país. O Banco Mundial, por exemplo, publica anualmente o ranking Doing Business, no qual figuramos em um deprimente 123º lugar, tendo perdido duas posições de 2016 para 2017. O impacto de uma colocação assim é sentido não só por empreendedores e empresas de todo os tamanhos, mas por qualquer cidadão.
O índice é desdobrado em itens, desde a complexidade no pagamento de tributos ao registro e defesa da propriedade, e é fácil perceber as oportunidades de melhoria em cada um. Os indicadores nos dão um mapa claro dos pontos mais críticos que precisam ser tratados para tornar nosso país mais atrativo não só para investimentos, mas também para as pessoas, criando oportunidades para que os brasileiros e imigrantes mais bem preparados decidam investir sua vida no nosso país.
Temos 11 meses pela frente. Em que posição estaremos em 2018?