Quatro anos depois da maior tragédia já registrada no Rio Grande do Sul, com 242 mortes, o dia 27 de janeiro, que deveria ser dedicado exclusivamente para reverenciar a memória das vítimas e consolar a dor de familiares, amigos e sobreviventes, vai se transformando perigosamente numa data associada à impunidade. A sociedade gaúcha não pode se conformar com essa possibilidade. A mesma cultura de leniência, omissão e irresponsabilidade que levou o poder público, em diferentes instâncias, a permitir a operação de uma casa noturna de forma claramente irregular e sem a mínima fiscalização, corre o risco de se repetir agora com uma demora além da inevitável na apuração e punição dos responsáveis.
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