A mudança na lei Kiss foi um passo importante para desburocratizar a abertura de empresas e a operação de negócios em Porto Alegre, mas ainda falta remover outros obstáculos que elevam o tempo médio para dar início a um empreendimento para inacreditáveis 260 dias. Outro avanço, a Sala do Empreendedor, que concentra num mesmo ambiente os órgãos estaduais e municipais responsáveis por laudos, documentos e licenças, ainda não deslanchou como pretendem seus idealizadores, principalmente em decorrência da legislação, que ainda está sendo adequada.
Eis aí um desafio para o futuro prefeito do município e também para os legisladores, mas que também se estende às autoridades estaduais. No momento em que o país tenta superar a crise econômica, caracterizada pelo aumento do desemprego, tudo o que contribuir para facilitar o funcionamento de novos negócios merece atenção e apoio.
Além disso, com a tecnologia de comunicação atualmente disponível, já não se justifica mais a exigência de tantos papéis e carimbos para que um empreendimento possa operar. Evidentemente, não se está aqui defendendo a clandestinidade que, aliás, é o que mais prolifera em cidades como Porto Alegre. Mas o rigor excessivo e os entraves burocráticos podem muito bem ser removidos do caminho de quem deseja empreender, progredir e gerar empregos.
O candidato que se comprometer com o empreendedorismo certamente receberá reconhecimento dos beneficiados.