Definidas as candidaturas para as eleições de outubro, que indicarão prefeitos e vereadores para administrar os municípios pelos próximos quatro anos, chegou a hora de o eleitor traçar também a sua estratégia para avaliar aqueles que se dispõem a representá-lo nas prefeituras e nas câmaras legislativas. A crise de credibilidade dos políticos brasileiros pode ser uma boa oportunidade para os cidadãos selecionarem melhor os seus representantes, levando em conta aspectos objetivos como a biografia dos candidatos e suas propostas para a solução efetiva dos problemas locais. Interessa menos a disputa partidária e muito mais a sintonia dos futuros gestores e legisladores com as questões que interferem na vida dos cidadãos.
Quem tentar nacionalizar o debate vai ficar falando sozinho, advertiu o cientista político Boris Fausto em reportagem publicada no fim de semana por Zero Hora. Tem razão. Sem perder de vista o rigor com a corrupção, que é um tema universal, o eleitor vai querer saber como os prefeitos gastarão os recursos dos tributos, como gerenciarão a máquina administrativa, que atenção darão à saúde e à educação, quais os projetos que têm para habitação, transporte e logradouros públicos. Da mesma forma, precisará saber como pensam os futuros legisladores, se os atuais merecem ser reconduzidos ou se a renovação se impõe.
O importante é que o eleitor comece a prestar atenção desde agora na propaganda política e que procure se informar adequadamente sobre os pretendentes a cargos públicos, pois é a sua vontade – e não a dos candidatos – que deve prevalecer na escolha de outubro.