Causa estranhamento e desconforto a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que fragiliza a Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2011 sob intensa pressão da opinião pública e que passou a ser considerada um poderoso instrumento de combate à corrupção. Pela legislação de iniciativa popular, a Justiça Eleitoral ganhou respaldo para barrar a candidatura de políticos condenados em segunda instância, sem a necessidade de aguardar o julgamento definitivo. Assim, as condenações de prefeitos e governadores por tribunais de contas passaram a ser suficientes para enquadrá-los na lei e torná-los inelegíveis. Pois agora o STF revisou esse posicionamento – e para pior.
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