A Lei 11.343, que desde 1999 dispõe sobre o registro e divulgação dos índices de violência e criminalidade no nosso Estado, determina que esta sistematização deve ser feita semestralmente. Governos anteriores ao de Sartori, além de publicar no Diário Oficial, divulgaram trimestralmente no site da Secretaria Estadual de Segurança o número de ocorrências criminais. Já o governo Sartori, por uma decisão política, não faz o mesmo. A Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, que possui um trabalho técnico de análise das estatísticas do tema, solicitou formalmente os dados do início de 2016, mas não foi atendida. No site da Secretaria de Segurança Pública a última atualização traz os dados de dezembro de 2015.
A falta do compartilhamento de dados sobre a segurança no Rio Grande do Sul revela uma prática ultrapassada, que só facilita o crescimento da violência e esconde a ineficiência das políticas levadas a cabo pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. Nós sabemos, de forma empírica, que os homicídios, o roubo de veículos, a violência contra as mulheres, o abigeato, todos os crimes aumentaram no nosso Estado. Para a população, hoje, a principal preocupação é a segurança. Estas informações deveriam estar à disposição de quem estuda o assunto, a serviço da proteção dos gaúchos.
Mas o governo Sartori tem sistematicamente insistido no desmonte da segurança pública do nosso Estado. As medidas anunciadas nesta quinta-feira não atendem ao apelo popular que clama por solução imediata. Chamar até 2017 o total de 530 policiais militares é insignificante. A BM perdeu 2.159 policiais desde 2015 até agora. Na polícia civil faltam 2.300 policiais. Sartori anunciou que vão chamar 221. Continuaremos no caos.
A Segurança Pública do Estado está sendo tratada com descaso, sem estratégias e políticas adequadas. O governo sonega informações e não produz resultados que possam satisfazer o apelo popular e a cada dia perde mais terreno para o crime organizado.