O churrasco oferecido pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a funcionários da residência oficial que precisará entregar ao sucessor escancarou uma aberração a mais da administração pública brasileira. O parlamentar – que, diante da hesitação de colegas em puni-lo por falhas éticas e morais, teve o mandato suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – conta com mais de 50 funcionários para servi-lo, pagos com dinheiro dos impostos. Essa verdadeira corte de serviçais não se constitui em exceção. Tanto parlamentares quanto integrantes do Executivo dispõem de mordomias impensáveis em democracias mais evoluídas. Entre as benesses, incluem-se milhares de servidores e residências oficiais mantidas com recursos públicos, num evidente exagero que não pode mais ser tolerado.
Editorial