No dia 14/06, estive reunido com o novo ministro da Educação em Brasília e a frase mais importante que ouvi – além da garantia de que serão mantidos os programas como Fies, Pronatec e Prouni – é que o novo governo entende ser importante a parceria entre o ensino público e o privado.
Fies, Pronatec e Prouni não são programas do PT, do PMDB ou do PSDB, são programas do Brasil. É através dessa intervenção estatal que faremos o nosso país crescer e sair deste atoleiro ético, moral, político e econômico em que nos encontramos. Ninguém pode ser dono desses programas, senão o povo brasileiro. Não há governo interino, permanente ou de transição que tenha o direito de mexer nesse patrimônio da nação.
Mas, com a mudança de governo, como fica a relação entre o ensino público e o privado? Me parece, pela fala do ministro, que fica onde sempre deveria estar. Nós, educadores, que nos dedicamos ao ensino como atividade privada, deixaremos de ser inimigos do Estado e teremos reconhecido nosso valor. Mas, acima de tudo, poderemos construir pontes para ensinarmos e aprendermos com a escola pública. Não existe, salvo na cabeça de xiitas, antagonismo entre o ensino privado e o público. Considerar a educação privada como inimiga do Estado foi um erro muito maior do que toda a roubalheira dos "mensalões" ou "petrolões". Perdeu-se com essa postura uma grande oportunidade de crescimento para o país.
Ainda é possível recuperar o ensino para a grande maioria da população, mas, se não tivermos a mente aberta, continuaremos a perder gerações após gerações. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) apontam que, a cada dois alunos que ingressam no Ensino Fundamental, somente um termina o Ensino Médio. Esta é uma perda irreparável para o país.
Ministro Mendonça Filho, e estendo a mão também ao governador Sartori, contem com o ensino privado gaúcho para reverter esse quadro e nos transformarmos em uma verdadeira pátria educadora.