A última quarta-feira, dia 25, foi o Dia da Indústria, e percebi tão pouca celebração ou mesmo referência à data, que decidi escrever sobre isso. Foi escolhida em homenagem a Roberto Simonsen, patrono da indústria nacional, e, na mesma data, comemora-se também o Dia do Profissional da Indústria, o industriário. Um fato simbólico da simbiose necessária para a produção de bens industrializados.
Foi motivo de eleição do tema, também, minha convicção de que a indústria é a grande força motriz do desenvolvimento das sociedades. Nascida a partir da revolucionária invenção da máquina a vapor e novamente em vias de passar por mais uma transformação radical, pois vem aí a indústria 4.0 – decorrente da internet – e de tudo mais que vem se desdobrando da crescente digitalização da vida moderna, o "segundo setor" da economia é responsável por grande parte da arrecadação em tributos (dia 25 também foi o Dia Livre de Impostos).
E não só por meio do recolhimento de impostos ou da introdução de bens inovadores a indústria desenvolve um país.
Sobram casos de indústrias que, fazendo às vezes do poder público, realizam obras de saneamento básico na região onde se instalam, e por tantos outros caminhos já foi provado que a instalação de plantas industriais tem o efeito de aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade ou da microrregião em que estão inseridas.
Empresários da indústria pagam pelo desenvolvimento técnico e acadêmico de seus funcionários, ainda que o INSS insista em tributá-los por tal iniciativa, considerando salário indireto o suprimento de uma carência decorrente da ineficiência da gestão da educação. Indústrias se esforçam para manter seus industriários sadios e saudáveis, fornecendo-lhes acesso a planos de saúde...
Os visionários industriais são peças-chave na construção de uma economia robusta e menos vulnerável às oscilações naturais dos mercados. Pobre do país que não admira e celebra esses corajosos homens e mulheres.