Pressionado pelas evidências de que se equivocou quando nomeou para o seu ministério políticos suspeitos de corrupção ou de conspiração contra a Operação Lava-Jato, o presidente interino Michel Temer viu-se obrigado a aceitar o afastamento do segundo auxiliar direto em menos de três semanas de governo. O pedido de demissão do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, assim como ocorreu com o afastamento do titular do Planejamento, Romero Jucá, não isenta o governo provisório de cumplicidade com práticas políticas que conduziram o país à crise. O desfecho, porém, demonstra que o presidente em exercício está em sintonia com a parcela de brasileiros comprometidos com a moralização da administração pública.
Editorial