Com energias renovadas para começar o novo ano com pé direito, nove empreendedores do Rio Grande do Sul iniciam em janeiro os trabalhos da Entrepreneurs Organization (EO) em Porto Alegre. A partir de uma iniciativa de Paulo Uebel, os parceiros Angelo Muratore, Bruno Conrado, Bruno Lopes, Claudio Goldsztein, Cristiano Martins, Eduardo Cairoli, Felipe Beck, Fernando Estima e Michel Gralha fundaram o grupo gaúcho da rede global, que conta com cerca de 10 mil proprietários de empresas em 46 países.
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Presente no Brasil desde 2014, a organização, que teve semente plantada na Capital em setembro de 2015 pelo americano Jamie Douraghy, durante encontro promovido pela Amcham, é destinada a empresários e investidores com faturamento superior a US$ 1 milhão por ano.
Bom relacionamento é importante na área dos negócios, seja por proporcionar uma visão global ou por transmitir confiança e criar oportunidades. Para os que desejam começar a construir uma rede sólida de contatos, a solução rápida pode vir por meio de organizações como a EO. De acordo com a revista Forbes, a Entrepreneurs Organization é a Liga da Justiça do mundo empresarial, por oferecer recursos como fóruns e reuniões para que os participantes compartilhem seus desafios. Bruno Lopes, presidente do grupo em Porto Alegre e sócio-diretor na CTA Plus, MOOD + Positivenergy e Arko Advice, explica o início das atividades na Capital:
- Os empreendedores, a partir de um certo momento da vida, ficam muito sozinhos. Muito mais do que um grupo de amigos, os membros participam de nossas reuniões para trocar com os pares que estão na mesma jornada de vida. Para nossa operação no Sul, a ideia é chegar na próxima fase com 20 participantes no Estado. Por isso, estamos convidando algumas pessoas para um jantar de test drive, que deve acontecer na metade de janeiro.
O britânico Brian Sutcliffe, coordenador regional da organização na América Latina e Caribe, adiantou que, atualmente, o Brasil já conta com cerca de 70 participantes. Sutcliffe classifica os avanços da EO como muito satisfatórios no continente, visto que em 2013 ainda não havia nenhuma filial na América do Sul, a não ser em Bogotá, na Colômbia:
- Devido ao momento econômico, entendemos que era preciso focar nessa região do mundo. O comitê global decidiu então investir em operações na China, África e América do Sul, designando uma verba adicional para o início das atividades.
Além disso, a atual instabilidade política no Brasil pode ser encarada como uma oportunidade para aqueles que têm visão e que contam com uma rede ampla de contatos consistentes, segundo Sutcliffe:
- Desde os anos 1940, existe um excelente potencial de crescimento no Brasil. Ainda é difícil exportar e importar, por exemplo. Mas o país apresenta uma onda de inovação com poucos paralelos em outros mercados globais. Participar de uma organização de porte mundial como a EO significa estar ao lado de líderes que têm como elo comum empenho, crescimento e aprendizado.