Os Estados Unidos acusam a Rússia de bombardear instalações civis - incluindo um hospital - na Síria. A Rússia qualifica de "inútil" qualquer tentativa de assustá-la. Por trás - ou melhor, por cima - desse jogo de provocações e bravatas, o clima está mais ameno do que de costume entre as duas potências. Foram necessários apenas 13 dias após a assinatura do acordo russo-americano de administração do espaço aéreo sírio para que os dois países realizassem o primeiro exercício conjunto.
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A única agência a informar sobre a operação foi a Reuters. "Aeronaves dos EUA e da Rússia testam protocolos de segurança no céu sobre a Síria", disse a agência, num título imediatamente reproduzido por jornais e sites do mundo inteiro. A expressão "operação conjunta" foi usada pelo Estado-maior das Forças Armadas da Rússia, esclarecendo que caças russos e da coalizão Amigos da Síria, liderada pelos EUA, manobraram à distância de três milhas náuticas, fizeram contato por rádio em frequência fixada de comum acordo e trocaram mensagens em inglês e russo.
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Já o Departamento de Defesa americano apressou-se em negar a existência de exercício conjunto. "O teste assegurou que a primeira vez que esse modo de comunicação será usado não será durante um encontro indesejado", disse o porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davis, como se o objetivo do teste não fosse justamente evitar encontros desse tipo.
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Definido o que deve ser feito no ar, Rússia e EUA discutirão no dia 13, em Viena, o que se pode fazer na terra. E a melhor maneira de manter os russos no solo da Áustria é não incomodá-los nos céus da Síria.