Com quase oito meses de atraso em relação ao inicialmente previsto, começou ontem a ofensiva prometida pelas forças curdas, com apoio do exército do Iraque, dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, contra redutos do Estado Islâmico (EI) no norte iraquiano. A ação curda está concentrada em Sinjar, ponto nevrálgico de uma rota que liga Mossul, segunda maior cidade do Iraque e que foi dominada pelo EI em agosto do ano passado, à Síria, onde o grupo controla uma área equivalente a cerca de um terço do país. O objetivo é cortar a rede de abastecimento dos militantes.
Sinjar foi palco de um momento crítico da campanha do EI na Síria especialmente em razão do tratamento brutal dado pelo grupo à minoria yazidi, seita sincrética que combina elementos do zoroastrianismo e de antigas religiões da região. Considerados infiéis pelo EI, milhares de yazidis fugiram para o topo dos montes que cercam a cidade, onde permaneceram sem água e alimentos até que fossem resgatados pelos curdos. A perseguição aos yazidis foi um dos fatores invocados pelos Estados Unidos e seus aliados para iniciar os ataques aéreos ao EI no Iraque.
A operação curda impressiona pelos números. Foram mobilizados até 7,5 mil combatentes, segundo o comando dos peshmergas (milicianos do Curdistão iraquiano). O objetivo é retomar Sinjar e isolar Mossul. Segundo o general peshmerga Hashem Seetayi, foram recuperadas ontem várias localidades da zona norte de Sinjar.
A palestra do ativista israelense-brasileiro Davi Windholz em Porto Alegre, noticiada na quarta-feira pela coluna, será realizada no dia 21, às 19h, no Colégio Israelita.