A família do menino Artur Bobsin Ferreira, de nove anos, que morreu após se afogar na tarde de segunda-feira (9), nega que ele estivesse jogando Pokémon Go. Conforme a mãe do menino, a estudante Márcia Bobsin, o filho sequer tinha um celular. O amigo que estava com Artur, que também tem nove anos e é colega de aula, tem um aparelho, mas não possuía o aplicativo.
De acordo com Márcia, o filho e o amigo enganaram a família. "Eles estavam apenas brincando, fazendo coisa de criança, e viram um portão aberto e um barco. Foi atrativo para eles. O rio era na frente da minha casa. Mas eles não estavam jogando Pokémon, ninguém é negligente aqui", disse, emocionada, por telefone à reportagem.
"Meu filho é uma criança maravilhosa, amado por todos. Não tem nada a ver com esse jogo, esse Pokémon, foi uma brincadeira, uma arte, uma tragédia cometida por dois meninos", complementou.
O caso tomou repercussão após a Brigada Militar registrar na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Tramandaí dizendo que o amigo de Artur afirmou que os dois estavam jogando Pókemon.
O desaparecimento dos meninos foi percebido às 15h30, segundo o registrado em ocorrência. Próximo das 18h, a Brigada Militar e os Bombeiros foram acionados e iniciaram as buscas, que tiveram resultado às 20h30, quando um voluntário encontrou o corpo.
Artur será velado e enterrado hoje, mas ainda não há detalhes sobre horário e local.
O delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, da DP de Imbé, conversou com os familiares da vítima e com o amigo. Foi apreendido um smartphone Alcatell One Touch Tixi, que estaria com os meninos, mas que não tem o aplicativo instalado. De acordo com o policial, os pais da vítima não devem ser responsabilizados pelo ocorrido.