Após o trauma de não conseguir salvar a vida de um turista que morre afogado na ‘Praia do Futuro’ no Ceará, Donato, o salva-vidas vivido por Wagner Moura, se envolve sexualmente e emocionalmente com o amigo da vítima. Durante as buscas pelo corpo do afogado, a relação deles vai ficando ainda mais sólida até que Donato vai passar uma temporada com Konrad, personagem de Clemens Schick, em Berlim e decide ficar por lá.
Alguns anos depois, Ayrton, o irmão caçula de Donato interpretado por Jesuita Barbosa, vai até a Alemanha em busca dele e cobrar o motivo pelo qual abandonou toda a família no Brasil. A partir daí, um acerto de contas e uma reflexão sobre os medos e decisões de cada um são expostos no filme.
Karim Aïnouz é o diretor de ‘Praia do Futuro’ que além dos conflitos sobre a vida e a sexualidade de Donato, traz uma sequência de cenas muitas vezes embaladas por apenas sons ou músicas que por vezes deixam o longa em um ritmo lento, porém poético. Totalmente diferente do que temos nas comédias brasileiras, o filme tem poucos diálogos e mais momentos de reflexão dos personagens em que os sentimentos ficam por conta da imaginação do espectador. Quando a fala se faz presente, existe o contraste do sotaque nordestino com o alemão de Konrad e também tentativa de passar emoção falando em português.
Assim como em Madame Satã (2011), primeiro filme dirigido por Karim e que revelou o ator Lázaro Ramos, ‘A Praia do Futuro’ traz cenas de sexo entre Donato e Konrad, sem pudor, com direito a nú frontal dos dois atores. Mesmo que explícitas, as sequencias servem para mostrar um Wagner Moura bastante diferente de ‘Tropa de Elite’, porém atuando com a mesma competência.
Confira o trailer.