Quase 400 pessoas se reuniram nesta segunda-feira em Le Vernet, nos Alpes franceses, para prestar homenagem às 149 vítimas de um avião da Germanwings cujo copiloto lançou sobre uma montanha em 2015 em um "ato suicida".
Em 24 de março de 2015, o copiloto do voo 4U9525, que decolou de Barcelona, nordeste da Espanha, com destino a Düsseldorf, oeste da Alemanha, aproveitou a ausência do piloto principal para derrubar o Airbus A320 nos Alpes Franceses.
Os 144 passageiros de 19 países, a maioria alemães (72) e espanhóis (50), morreram, assim como os seis tripulantes, incluindo o copiloto, Andreas Lubitz, que estava sendo tratado com antidepressivos.
Entre os mortos neste trágico acidente que ganhou as manchetes do mundo estavam cidadãos da Argentina, Colômbia, Venezuela, México e Chile, além dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Irã e Japão.
Autoridades francesas, alemãs e espanholas, além do presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, depositaram nesta segunda-feira flores no cemitério de Le Vernet, onde os corpos não identificados foram enterrados.
Parentes das vítimas também observaram um minuto de silêncio às 10h41, horário exato em que o avião caiu, antes de comparecer a uma cerimônia privada organizada pela Lufthansa.
"Nossos pensamentos estão com as famílias e amigos das vítimas, cuja dor e sofrimento continuam imensos, mesmo uma década depois", disse Spohr. "Esta tragédia continua nos acompanhando hoje em nossa responsabilidade como companhia aérea", acrescentou.
Marc Chappuis, prefeito francês do departamento de Alpes-de-Haute-Provence, pediu neste aniversário para "continuar melhorando os padrões de segurança aérea, para garantir condições de transporte aéreo cada vez mais seguras para todos".
Após a tragédia, a indústria aérea determinou que duas pessoas estivessem na cabine o tempo todo, melhorou o acompanhamento psicológico e médico dos pilotos e introduziu sistemas aprimorados de prevenção e detecção.
Em março de 2022, os tribunais franceses encerraram a investigação sobre o acidente, considerando o ato "suicida" do copiloto imprevisível.
Tragédias deliberadas são raras na história recente da aviação civil. Em março de 2022, 132 pessoas morreram em uma tragédia semelhante na China.
* AFP