
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% para importações de todos os automóveis não fabricados no país. A medida foi divulgada em coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca nesta quarta-feira (26).
Trump disse que a medida será aplicada a partir de 2 de abril e de forma permanente. O presidente citou que espera gerar US$ 100 bilhões de receita com a tarifa.
— Vamos cobrar dos países por fazer negócios em nosso país e levar nossos empregos, levar nossa riqueza — justificou.
Em declarações anteriores, o republicano nunca escondeu seu desejo de impor tarifas alfandegárias sobre veículos importados para os Estados Unidos e sugeriu que poderia anunciá-las antes de suas chamadas tarifas "recíprocas", previstas para 2 de abril, o que se confirmou.
— Anunciaremos isso rapidamente nos próximos dias, provavelmente, e depois o dia 2 de abril será a data das tarifas recíprocas — disse Trump na segunda-feira (24).
Essas tarifas têm o objetivo de igualar, dólar por dólar, os impostos aplicados a bens americanos no Exterior. No início de março, Trump suspendeu por um mês as tarifas sobre automóveis do México e do Canadá, seus dois parceiros no Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC).
O anúncio das tarifas para o setor automobilístico provocou uma queda imediata nas ações das fabricantes. Por volta das 14h30min (horário de Brasília), a Ford caiu 1,55%, a General Motors 1,65%, a Tesla 6,63% e a Stellantis 2,01%.
Tarifas sobre aço e alumínio
As montadoras já vinham sendo afetadas pelas tarifas sobre alumínio e aço, em vigor desde meados de março, que adicionam um imposto de 25% sobre a entrada desses dois metais no território americano.
Os Estados Unidos importam aproximadamente metade do aço e do alumínio usado em indústrias tão diversas como a automobilística, a aeronáutica, a petroquímica e até em produtos básicos de consumo, como as embalagens de alimentos enlatados.