O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam os termos para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito nesta quarta-feira (15).
Anunciado em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, que comanda as negociações, a trégua entre em vigor no próximo domingo, 19.
O documento foi assinado por autoridades israelenses e representantes do Hamas, disse Mohammed.
O presidente eleito americano, Donald Trump, celebrou o acordo em suas redes sociais. Seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, participou ativamente das negociações ao lado de emissários do presidente Joe Biden. "Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve", disse o republicano.
Representante da União Europeia, em uma publicação na rede social X, diz que o bloco "aplaude" o acordo.
Libertação de reféns
O pacto fechado nesta quarta prevê que dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.
O acordo de três fases - com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU - deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.
Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis – vivos ou mortos – terão sido libertados.
Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.
Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver – e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.
Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da "retirada completa" das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo. O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.
Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional. (Com agências internacionais).
As fases do acordo
O acordo, que começa a valer em 19 de janeiro, envolve a trégua nos conflitos e a libertação de reféns e prisioneiros, tem três fases:
Primeira fase
Terá 42 dias de duração:
- Libertação gradual de 33 reféns capturados em Israel ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos;
- Libertação de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.
- Entre os 33 que devem ser libertados, estariam cinco soldados israelenses. Em troca, serão liberados 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas.
- Ao final da primeira fase, todos os reféns civis – vivos ou mortos – terão sido libertados.
- Forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza
- Palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave.
- Está previsto um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.
Segunda fase
- Os detalhes ainda devem ser negociados durante a primeira fase.
- Acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um novo compromisso seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.
Terceira fase
- Corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional.