Os preços do petróleo fecharam esta segunda-feira (9) em alta nos mercados internacionais. A elevação é resultado da crise diplomática no Oriente Médio, com a queda de Bashar al Assad na Síria após 24 anos no poder, e incertezas sobre o futuro do país sob o comando do grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), vinculado à Al Qaeda, e respaldada pela continuidade dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).
Em Londres, na Inglaterra, o barril de tipo Brent para entrega em fevereiro subiu 1,43%, para US$ 72,14. Em Nova York, nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em janeiro avançou 1,74%, para 68,37 dólares.
— Todos os olhos estão voltados para as cenas surpreendentes vistas na Síria, e os preços responderam subindo, mas com bastante calma — disse John Evans, analista da PVM, empresa de corretagem líder mundial de instrumentos de petróleo.
Conforme Evans, o mundo observa com cuidado e incerteza o cenário geopolítico que vai se instalar na Síria. Havia 24 anos que o país estava sob comando de Bashar al Assad, deposto no domingo (8) após ofensiva de rebeldes islamistas.
— Todos estão avaliando o que a nova realidade na Síria pode significar — completou Evans.
Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, também opinou sobre a perspectiva do preço do petróleo com a crise no Oriente Médio:
— Os preços estão se recuperando devido à incerteza sobre como a mudança de regime na Síria pode se desenrolar.