O principal partido de oposição da Coreia do Sul disse que irá buscar o impeachment do presidente em exercício, Han Duck-soo, devido à sua recusa em aprovar leis para investigar o seu antecessor deposto, Yoon Suk Yeol.
As leis deveriam investigar o ex-presidente pela tentativa fracassada de imposição de uma lei marcial e por suspeitas de irregularidades envolvendo a sua mulher, Kim Keon Hee.
O oposicionista Partido Democrata, que controla 170 dos 300 assentos da Assembleia Nacional, deu prazo até esta terça-feira (24) para que Han aprove leis para a nomeação de investigadores independentes.
No dia 14 de dezembro, o impeachment de Yoon Suk Yeol foi aprovado por 204 dos 300 deputados da Câmara sul-coreana. Uma anterior, no dia 7, foi fracassada.
Em 3 de dezembro, o Yoon anunciou na televisão a declaração de lei marcial para, segundo ele, "salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças que as forças comunistas da Coreia do Norte representam", disse Yoon em uma mensagem solene.
Logo depois, um decreto do comandante do exército, o general Park An-su, proibiu a atividade política e as festas, a "propaganda falsa", as greves e "reuniões que incitem a agitação social". Os meios de comunicação também ficaram sob a autoridade da lei marcial.
O parlamento sul-coreano também foi bloqueado por soldados.