O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, decretou nesta terça-feira (3) a lei marcial de emergência, acusando a oposição do país de controlar o parlamento, simpatizar com a Coreia do Norte e paralisar o governo com atividades antiestatais. Yoon fez o anúncio durante um pronunciamento televisionado.
Quem é Yoon Suk Yeol
Nascido em Seul em 1960, Yoon estudou Direito e desempenhou um papel fundamental na condenação da ex-presidente Park Geun-hye por abuso de poder.
Como principal promotor do país em 2019, ele também indiciou um importante assessor do presidente por fraude e suborno em um caso que manchou a imagem do governo.
Ele foi eleito presidente da Coreia do Sul em 2022, após uma eleição acirrada contra Lee Jae-myung, que na época tentava a reeleição.
Em seu mandato, ele voltou atrás em algumas promessas controversas que fez na campanha eleitoral, como a abolição do Ministério da Igualdade de Gênero, mas manteve o discurso menos diplomático em relação aos vizinhos norte-coreanos.
Declaração de lei marcial
Yoon fez o anúncio durante um pronunciamento televisionado.
Ele justificou o movimento como essencial para defender a ordem constitucional do país. Não ficou imediatamente claro como as medidas afetariam a governança e a democracia do país.
— Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestatais... Declaro lei marcial de emergência — disse Yoon no discurso. — Sem nenhuma preocupação com a subsistência das pessoas, o partido de oposição paralisou o governo apenas por causa de julgamentos políticos, investigações especiais e para proteger seu líder da justiça — acrescentou.
Com a lei marcial, fica restrito o acesso a direitos civis, e a legislação normal é substituída por leis militares. O acesso ao parlamento foi fechado após a imposição da lei marcial, e pessoas que tentam entrar na Assembleia Nacional são contidas pela polícia.