O governo russo confirmou nesta segunda-feira (9) que o país concedeu asilo político ao ditador sírio deposto no final de semana, Bashar al-Assad, e sua família. No domingo (8), a agência russa Tass havia informado que Assad está em Moscou, capital do país.
Segundo o g1, o Kremlin não confirma que o ditador está na Rússia, apesar de ter concedido o benefício a ele e aos familiares.
Tomada de Damasco
A aliança rebelde síria liderada por grupos islamistas anunciou no domingo ter tomado controle da capital do país, Damasco, e a queda do regime de Bashar al-Assad, que governou o país durante 24 anos.
A Síria é cenário de uma guerra civil desde a violenta repressão pelo regime de Assad das manifestações pró-democracia no país em 2011, no contexto da Primavera Árabe. O conflito já deixou ao menos 500 mil mortos.
Após anos de estagnação, em 27 de novembro, uma aliança liderada pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), vinculado à Al-Qaeda, iniciou uma ofensiva relâmpago no noroeste da Síria. Em 10 dias, os rebeldes tomaram as cidades de Aleppo, Hama e Homs, até a entrada em Damasco no domingo.
— Depois de 50 anos de opressão sob o governo do partido Baath e 13 anos de crimes, tirania e deslocamento (desde o início da revolta, em 2011), anunciamos hoje o fim da era obscura e o início de uma nova era para a Síria — afirmaram os rebeldes.