Israel criticou, nesta quarta-feira (30), a relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos ocupados e chamou-a de "ativista" que aproveita a sua posição para "esconder o seu ódio" ao país, depois que a jurista Francesca Albanese denunciou a "erradicação dos palestinos".
Albanese, que tem mandato do Conselho de Direitos Humanos, mas não fala em nome da ONU, acusou Israel na terça-feira de buscar a "erradicação dos palestinos" por meio de um "genocídio".
A missão israelense em Genebra afirmou em um comunicado que, de acordo com o "paradigma cheio de ódio" da relatora, "o Estado de Israel não tem nenhuma razão histórica para existir, não tem direito de defender a sua população, e tanto o ataque de 7 de outubro como o resgate dos reféns são simplesmente usados por Israel como desculpa".
A delegação afirmou que esta "realidade distorcida" representa "uma cortina de fumaça para esconder o seu ódio a Israel" e descreveu a jurista italiana como uma "ativista política" que "abusa de um mandato da ONU, já discriminatório em si".
O Exército israelense está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza após o ataque do grupo palestino em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, quando milicianos islamistas mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses, que incluem os reféns mortos em cativeiro.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já deixou 43.163 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
* AFP