O Serviço Secreto dos Estados Unidos admitiu uma série de falhas de segurança, ao revisar sua atuação, na tentativa de assassinato frustrada contra o ex-presidente Donald Trump durante um comício em julho. O agressor, Thomas Matthew Crooks, conseguiu abrir fogo de um terraço próximo ao palanque, durante o evento ao ar livre realizado pelo candidato republicano, que escapou da morte por pouco. Na ocasião, o candidato republicano ficou ferido na orelha direita.
A revisão "identificou deficiências no planejamento avançado e sua implementação por parte do pessoal do Serviço Secreto", disse Ronald Rowe, diretor interino do órgão encarregado da segurança de altos dirigentes americanos, durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20).
— Embora alguns membros da equipe avançada fossem muito diligentes, houve negligência por parte de outros, o que levou a uma violação dos protocolos de segurança — ressaltou.
Entre as falhas identificadas por Rowe está a má comunicação com as autoridades locais, uma "dependência excessiva" nos dispositivos móveis, "resultando na compartimentalização da informação" e problemas na linha de visão, que "foram reconhecidos, mas não mitigados adequadamente".
— Por volta das 18h10min locais, mediante um telefonema, a sala de segurança do Serviço Secreto liga para o agente de resposta a atiradores de elite, que reporta um indivíduo no teto do prédio da AGR. Essa informação vital não foi transmitida através da rede de rádio do Serviço Secreto — indicou Rowe.
Dois participantes do ato de campanha de Trump em Butler, Pensilvânia, ficaram feridos e um terceiro, o bombeiro Corey Comperatore, de 50 anos, morreu posteriormente. Crooks, por sua vez, foi morto a tiros por agentes do Serviço Secreto.
Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto, pediu demissão após o incidente e admitiu que se tratou do "maior fracasso operacional do Serviço Secreto em décadas".
No último domingo (15), tiros foram disparados num campo de golfe onde Trump estava. O candidato republicano não ficou ferido. Um homem foi preso por tentativa de assassinato.