A Guarda Costeira da Marinha dos Estados Unidos divulgou na segunda-feira (16) uma imagem inédita do submarino Titan, que implodiu no ano passado durante expedição aos destroços do Titanic e resultou na morte de cinco pessoas. As informações são do g1.
Na foto divulgada, é possível ver a cauda do submarino, que se preservou parcialmente após a implosão.
Ainda em 2023, a Guarda Costeira anunciou que iria abrir um inquérito para investigar o caso, que mais de um ano depois do acidente, ainda não foi concluído.
Nesta semana, iniciou-se uma série de audiências públicas para revelar o que já foi descoberto sobre o acidente. Após conclusão das audiências, prevista para o fim da próxima semana, a Guarda Costeira enviará um relatório com a conclusão das investigações e uma série de recomendações ao governo dos EUA.
Ainda na segunda-feira, autoridades do órgão revelaram que o Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa que criou o submarino, a OceanGate, e que antes de submergir na expedição o veículo foi "exposto a condições climáticas e outros elementos" por meses, durante seu armazenamento, o que pode ter deteriorado seu casco.
Até hoje, ainda há dúvidas sobre se os tripulantes tomaram conhecimento de que havia algo de errado ou não no submarino. Durante os trabalhos de buscas, sondas registraram ruídos repetidos que as equipes suspeitaram que poderiam ser batidas de dentro do Titan com pedido de ajuda. Havia 5 pessoas no veículo, o então diretor-executivo da OceanGate, Richard Stockton Rush III, um copiloto e três bilionários. Segundo a investigação, o veículo implodiu a cerca de 3.350 metros de profundidade por conta da pressão da água e todos os passageiros morreram.
Essa hipótese, no entanto, nunca foi comprovada, e investigadores afirmaram que o mais provável é que as falhas não tenham sido notadas antes da implosão.
Última mensagem de texto
"Está tudo bem aqui". Esta foi última frase enviada pelos tripulantes, segundo revelou a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
As últimas palavras reveladas na audiência foram enviadas pelo comandante do submersível por meio de um sistema de comunicação entre o submarino e o centro de comando, em um navio em alto-mar. Logo após o envio, as comunicações com o submarino foram perdidas, disse também a Guarda Costeira.
— Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente — disse o diretor de investigações da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, que liderou a audiência.