A Bélgica anunciou, nesta segunda-feira (2), a sua candidata ao Colégio de Comissários Europeus, ao propor a sua ministra das Relações Exteriores, Hadja Lahbib, e desta forma todos os países da UE já colocaram as cartas na mesa.
Agora, a presidente da Comissão Europeia (braço Executivo da UE), Ursula von der Leyen, dará início à delicada tarefa de negociar a composição do Colégio de Comissários seguindo critérios de equilíbrio político e regional.
Ex-jornalista, a ministra Lahbib conseguiu o apoio necessário para ser a candidata da Bélgica, vencendo o atual comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, que também estava na corrida.
Ao ser reeleita para um segundo mandato à frente da Comissão, Von der Leyen pediu aos países do bloco que apresentassem dois candidatos, um homem e uma mulher, para alcançar também a igualdade de gênero no Colégio de Comissários.
No entanto, apenas a Bulgária apresentou os dois nomes e Croácia, Estônia, Finlândia, Alemanha, Portugal, Espanha e Suécia lançaram candidatas femininas.
Esta conta inclui a própria Von der Leyen (da Alemanha) e a ex-primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, que deverá ser a próxima chefe da diplomacia da UE, em substituição do espanhol Josep Borrell.
Além disso, nesta segunda-feira circulou uma versão segundo a qual a Romênia pretendia mudar o nome do seu candidato, deixando Victor Negrescu de lado para propor a eurodeputada Roxana Minzatu.
A princípio, Von der Leyen deverá anunciar a formação do seu Colégio de Comissários Europeus na próxima semana. A partir daí, o Parlamento Europeu iniciará audiências para questionar e votar cada candidato em particular.
A eleição de Lahbib demorou a ser decidida porque os partidos políticos belgas prosseguem com as difíceis negociações para formar um novo governo de coalizão federal após as eleições realizadas em junho.
* AFP