O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, entregará nesta segunda-feira (19), durante a primeira noite da Convenção Nacional Democrata, em Chicago, o bastão à sua vice-presidente, Kamala Harris. O ato marcará a oficialização da candidatura dela à Casa Branca.
Harris desembarcou no domingo (18) na cidade do leste do país, depois de participar com o seu companheiro de chapa, Tim Walz, em eventos de campanha na Pensilvânia, Estado decisivo na corrida presidencial contra o republicano Donald Trump.
A nomeação é um marco na sua carreira e coroa um dos meses mais agitados da política americana, que a viu emergir após a decisão de Biden, pressionado por questões relativas à sua idade, de desistir de sua ambição por um segundo mandato.
Na quarta-feira (21), Walz oficializará sua indicação como candidato à vice-presidência, enquanto Kamala Harris deve discursar na quinta-feira (22) e encerrará a convenção com o aceite da nomeação presidencial do partido.
Harris, 59 anos, revitalizou o partido azul, depois de muitos terem começado a se resignar com um cenário de derrota após o desempenho desastroso de Biden no debate presidencial de junho contra Trump.
Em uma pesquisa divulgada no domingo (18) pelo The Washington Post/ABC/Ipsos, a democrata apresenta uma vantagem muito estreita sobre Trump. Uma recuperação significativa, levando em consideração que há um mês Biden estava empatado com o magnata republicano e perdendo terreno em Estados cruciais como o Arizona e Nevada.
Mas Harris parece consciente de que faltam quase 80 dias para as eleições de 5 de novembro e não cai no triunfalismo.
— Não nos vejo como favoritos — disse ela a repórteres na Pensilvânia, durante um comício com seu companheiro de chapa Walz, governador de Minnesota.
Protestos
A Convenção Democrata atraiu também dezenas de manifestantes, que aproveitarão a vitrine desta cúpula partidária para protestar a favor dos direitos reprodutivos, das causas da comunidade LGBTQIAPN+ e por um cessar-fogo em Gaza.
— Dirá algo significativo? Acho que não, mas gostaria que acontecesse. Todos nós gostaríamos e é por isso que estamos aqui — disse Linda Loew, ativista dos direitos reprodutivos e uma das organizadoras das diversas manifestações previstas entre domingo e quinta-feira.
Para garantir a segurança do evento, as autoridades mobilizaram uma extensa operação de segurança que inclui, entre outros, quase 2,5 mil policiais locais, cuja presença é notável nas ruas do centro de Chicago.