O Oleoduto de Petróleo Pesado (OCP) do Equador retomou, nesta quarta-feira (3), suas atividades, suspensas há 17 dias devido às intensas chuvas que causaram deslizamentos de terra e inundações nas regiões andina e amazônica, informou a empresa.
"A OCP Equador reinicia a operação do oleoduto após a construção de dois desvios de 2,8 quilômetros na zona de erosão do rio Quijos", informou a empresa em comunicado publicado na rede social X.
A empresa especificou que cada um dos desvios tem 1,4 quilômetro de extensão e estão localizados no cantão El Chaco, na província amazônica de Napo.
No dia 17 de junho, a OCP suspendeu suas operações como medida preventiva, devido a uma tempestade que deixou 19 mortos, a maioria vítima de um deslizamento de terra na cidade turística de Baños, na província de Tungurahua (centro andino).
Pelo menos 17 das 24 províncias foram afetadas por deslizamentos de terra e transbordamentos de rios, segundo o último balanço da Secretaria Nacional de Gestão de Riscos.
O OCP, sistema privado com capacidade total de tráfego de 450 mil barris por dia (b/d), é um dos dois oleodutos equatorianos. Todos os dias transporta cerca de 200 mil barris.
O volume do estatal Sistema de Oleodutos Transequatorianos (SOTE) é de 360 mil b/d.
Devido às fortes chuvas, a estatal Petroecuador anunciou no dia 19 de junho a suspensão das operações nos poços de onde é extraído o petróleo bruto de Napo e admitiu uma diminuição na produção de cerca de 37 mil b/d.
No dia 11 de junho, um vazamento de petróleo não quantificado contaminou o rio Napo. Segundo a Petroecuador, o vazamento foi resultado de uma tubulação rompida.
Em seu relatório mais recente, a Petroecuador garantiu que continua colocando barreiras de contenção para evitar o escoamento do petróleo pelos afluentes e assim garantir o serviço de água potável às populações indígenas afetadas.
O petróleo é o principal produto tradicional de exportação do país sul-americano, que em 2023 extraiu 475 mil b/d, dos quais vendeu 66%.
Entre janeiro e abril de 2024, extraiu 485 mil b/d e vendeu 73% para o exterior.
* AFP