Cinco dias após escapar de uma tentativa de assassinato, Donald Trump discursará nesta quinta-feira (18) para uma multidão na Convenção Nacional Republicana, ao aceitar sua nomeação como candidato à Presidência e iniciar formalmente sua corrida à Casa Branca. Trump volta ao palanque após um atirador tentar matá-lo no sábado (13), quando foi ferido de raspão na orelha direita, coberta por um curativo. Em demonstração de apoio, eleitores também colocaram esparadrapos nas orelhas.
Trump, 78 anos, deve encerrar a reunião de quatro dias em Milwaukee, no Estado de Wisconsin, em uma festa com balões lançados com as cores da bandeira dos Estados Unidos.
— Estou feliz que vamos saber sobre ele. É um milagre que sua vida tenha sido salva, e eu realmente acredito que foi a mão de Deus que o salvou. Eu adoraria que ele falasse sobre o que aconteceu com ele no sábado e quais foram seus sentimentos — disse Teena Horlacher, 50 anos, delegada do estado de Utah e mãe de 10 crianças.
Imagem de união
Durante três noites consecutivas, Trump atraiu longos aplausos de seus apoiadores ao entrar no auditório. Na noite de terça-feira (16), o bilionário participou de uma espécie de desfile de união, com pré-candidatos que o enfrentaram nas primárias e agora ofereceram seu apoio, como a ex-embaixadora na ONU Nikki Haley.
A ex-governadora da Carolina do Sul, que durante meses alertou o país sobre "o caos" que o retorno de Donald Trump à Casa Branca causaria, o apoiou explicitamente:
— Donald Trump tem o meu forte apoio.
Dois outros ex-adversários, o governador da Flórida, Ron DeSantis, e o empresário Vivek Ramaswamy, também juraram lealdade a um sorridente Trump. Ao contrário das divisões de 2016, este ano o partido projetou uma imagem de união durante a convenção.
Já o adversário democrata Joe Biden, 81 anos e infectado com covid-19, parece enfraquecido por questões persistentes sobre sua saúde mental e apelos dentro do próprio partido para que se retire da corrida.
A convenção de quatro dias focou em questões que o Trump promove: poder de compra, imigração, crime e segurança, que integram seu lema "Make America Great Again" (MAGA).