Um navio petroleiro de bandeira panamenha foi atingido por um míssil disparado por rebeldes houthis na costa do Iêmen, informou o Comando do Oriente Médio (Centcom) das Forças Armadas dos EUA neste sábado (18).
"Por volta da 1h da manhã (horário de Sana), os huthis, apoiados pelo Irã, lançaram um míssil balístico anti-navio no Mar Vermelho, que atingiu o 'M/T Wind', um navio petroleiro de bandeira panamenha pertencente e operado por uma empresa grega", disse no X.
De acordo com o Centcom, o navio havia atracado recentemente na Rússia e estava a caminho da China.
O ataque causou inundações, resultando em "perda de propulsão e direção", e um navio da coalizão estabelecida pelos EUA para proteger o Mar Vermelho "respondeu imediatamente ao pedido de socorro do 'M/T Wind'", continuou.
No final, "nenhuma assistência foi necessária", pois a tripulação conseguiu recuperar o controle e a embarcação continuou seu caminho, disse o Centcom, acrescentando que nenhuma vítima foi relatada.
O ataque ocorreu em frente à cidade iemenita de Mocha, informou anteriormente a empresa de segurança britânica Ambrey.
A agência britânica de segurança marítima, UKMTO, havia informado que "um navio sofreu danos menores após ser atingido por um projétil não identificado" a 98 milhas náuticas ao sul de Hodeida.
Os huthis, que controlam essa cidade entre outras amplas áreas do território iemenita, realizaram dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no Mar Vermelho e o Golfo de Áden desde novembro, perturbando o comércio marítimo mundial nessa região estratégica do globo.
Aliados do Irã, esses rebeldes afirmam atuar em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, por causa da guerra lançada por Israel contra o Hamas após o ataque sem precedentes desse movimento islamista palestino em 7 de outubro em solo israelense.
Em resposta aos ataques huthis, os Estados Unidos, aliados de Israel, criaram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação no Mar Vermelho, e, em janeiro, com a ajuda do Reino Unido, lançaram ataques no Iêmen contra os rebeldes, que, desde então, disseram que também têm como alvos barcos americanos e britânicos.
* AFP