O advogado Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves, 51 anos, tornou-se formalmente primeiro-ministro de Portugal nesta terça-feira (2), após sair vencedor das eleições mais acirradas da democracia portuguesa. Ele assume o lugar do socialista António Costa, que estava no poder desde o final de 2015. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Montenegro é natural da cidade do Porto, a segunda maior do país. Casado e pai de dois filhos, o advogado atuou como salva-vidas na juventude. Nesse período, ele obteve sua primeira experiência em liderança ao iniciar uma mobilização pelo aumento salarial da categoria.
Na infância e na adolescência, Montenegro teve passagem pelo futebol, nas divisões de base de um clube de Espinho, cidade na região central de Portugal.
Anos depois, formou-se em direito pela Universidade Católica Portuguesa. Montenegro iniciou a carreira política em Espinho, sendo vereador e deputado na Assembleia Municipal. Sua estreia parlamentar aconteceu em 2002, aos 29 anos, na administração de Durão Barroso, do Partido Social Democrata (PSD).
Em 2011, Montenegro se tornou líder parlamentar de seu partido e porta-voz do governo do também social-democrata Pedro Passos Coelho na Casa. O advogado deixou a Assembleia da República em 2018, no entanto se manteve bastante ativo na política.
Desde que ganhou o pleito, o agora premier vem mantendo discrição e evitando realizar entrevistas. Na sua posse, ele frisou promessas eleitorais como a diminuição da carga tributária, especialmente para os jovens e a para a classe média.
— Baixar os impostos não é uma benesse do governo. Baixar os impostos é uma medida de política econômica e justiça social. A carga fiscal elevada é um bloqueio à economia, à produtividade e ao sentimento de justiça — afirmou.