O governo chavista realizará uma manifestação na próxima quinta-feira (9), em paralelo aos protestos convocados pela oposição contra a questionada posse do presidente Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (6) o ministro Diosdado Cabello.
"Não tentem nada, amargurados", disse Cabello com ironia, referindo-se à oposição, que reivindica uma vitória do exilado Edmundo González Urrutia sobre Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho. "No dia 9 vamos fazer uma grande marcha", acrescentou o ministro do Interior e número dois do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Maduro deverá ser empossado na próxima sexta-feira para um terceiro mandato de seis (2025 - 2031).
A manifestação chavista percorrerá a zona leste de Caracas, em um trajeto que normalmente é coberto pela oposição em suas marchas.
No domingo, a líder opositora María Corina Machado convocou protestos para quinta-feira, sem fornecer detalhes sobre os pontos de concentração.
"A liberdade não se implora, se luta e se conquista, se ganha", afirmou Machado, que está na clandestinidade, em um vídeo divulgado nas redes sociais. "Aqui ninguém fica para trás. Saiamos cheios de confiança. Parados, não conseguimos a mudança. Maduro não vai sair sozinho, temos que fazê-lo sair com a força de um povo que nunca se rende (...). Saia, grite, lute."
Os protestos que eclodiram após a contestada reeleição de Maduro deixaram 28 mortos, cerca de 200 feridos e 2.400 detidos. Três dos detidos morreram na prisão.
* AFP