Na manhã deste domingo (14), o gabinete de guerra de Israel vai se reunir para discutir uma resposta ao ataque do Irã, informou uma autoridade do governo israelense. O encontro está marcado para as 9h30min, no horário de Brasília.
Trata-se de resposta ao ataque da noite do último sábado (13), quando o Irã bombardeou Israel com mais de cem mísseis e drones. O espaço aéreo de Israel está fechado desde as 18h30min (no horário de Brasília), e os ataques começaram a ser interceptados a partir das 20h. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados, mas a mídia iraniana afirma que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.
Ainda na noite de sábado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com o gabinete de guerra em Tel Aviv. O Exército de Israel garantiu estar "pronto e forte" tanto no sistema defensivo quanto no ofensivo. Netanyahu também conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
No entanto, o Irã prometeu uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. Qualquer ação "imprudente" de Israel levará a uma "resposta mais forte", disse o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, conforme a agência de notícias AFP.
Otan pede moderação
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declarou que condena a escalada do Irã, e apela à moderação para que "o conflito no Oriente Médio não fique fora de controle", disse uma porta-voz neste domingo.
"Condenamos a escalada do Irã durante a noite, pedimos contenção e monitoramos de perto a evolução da situação. É essencial que o conflito no Oriente Médio não fique fora de controle", disse Farah Dakhlallah, em comunicado.
O papa Francisco também se manifestou sobre o conflito. Ele lançou, nesta manhã, um "apelo urgente" contra "uma espiral de violência" que poderá "arrastar o Médio Oriente para um conflito ainda maior", afirmou o pontífice após a sua tradicional oração dominical em público na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Hezbollah lança foguetes contra o Golã
O Hezbollah libanês anunciou, neste domingo (14), que bombardeou o Golã ocupado por Israel pela segunda vez, horas depois que o Irã lançou um ataque com drones e mísseis contra Israel. O movimento pró-iraniano Hezbollah informou, em um comunicado, que lançou "dezenas de foguetes do tipo Katiusha" contra três posições militares israelenses no Golã sírio, território ocupado por Israel.
Este segundo ataque ocorreu "em resposta às incursões noturnas israelenses contra várias cidades e localidades (...), causando vários mártires e feridos", acrescentou o movimento. Entre os alvos deste domingo pouco antes do amanhecer estão as bases militares de Yarden e Nafah.