Foi adiado o julgamento criminal que colocaria Donald Trump no banco dos réus a partir de 25 de março, anunciou nesta sexta-feira (15) o juiz de instrução. O caso diz respeito ao pagamento de US$ 130 mil a uma ex-atriz pornô para comprar seu silêncio.
"O julgamento foi adiado por 30 dias a partir da data" informou a carta do juiz Juan Merchan, da última sexta-feira, na qual ele especifica que a nova data do julgamento será marcada após uma audiência prevista para 25 de março.
Trump, de 77 anos e candidato republicano à presidência nas eleições de novembro, é acusado de falsificar a contabilidade de seu império imobiliário Trump Organization para encobrir o pagamento de US$ 130 mil (R$ 424 mil, na cotação da época) à ex-estrela pornô Stormy Daniels para comprar seu silêncio às vésperas das eleições de 2016.
O magnata nega qualquer relação sexual extraconjugal com a atriz, cujo nome real é Stephanie Clifford.
A procuradoria de Nova York havia se mostrado favorável, na véspera, ao adiamento do julgamento por 30 dias, o que oferece um alívio ao candidato republicano, cujos advogados buscam adiar o máximo possível a abertura dos quatro julgamentos penais pendentes contra Trump.
O promotor de Nova York Alvin Bragg atribui a Trump 34 acusações de fraude contábil que podem ser punidas com até quatro anos de prisão se ele for considerado culpado.
Tanto o magnata quanto seus advogados consideram que os casos pendentes contra Trump são uma "caça às bruxas" para dificultar seu retorno à Casa Branca.
— Continuaremos lutando para acabar com esta farsa, e com todas as outras caças às bruxas lideradas pelo corrupto Joe Biden, de uma vez por todas — disse em comunicado Steven Cheung, diretor de comunicações da campanha do republicano.
A Suprema Corte federal de Washington está programada para se reunir em 25 de abril para determinar se Trump, por ser ex-presidente do país, tem imunidade penal, como afirmam seus advogados.