Centenas de russos acompanham o funeral do líder opositor Alexei Navalny, que ocorre em uma igreja de Moscou, capital da Rússia, nesta sexta-feira (1º). O governo de Putin instalou barreiras e montou um forte esquema de segurança.
Segundo o Kremlin, qualquer algomeração não autorizada constitui violação da lei.
— Apenas um lembrete de que temos uma lei que deve ser seguida. Quaisquer reuniões não autorizadas estarão violando a lei, e aqueles que participarem delas serão responsabilizados - novamente, de acordo com a lei atual— afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.
Diante do templo, ao sudeste de Moscou, uma grande fila foi formada. Várias pessoas se reuniram nas imediações do templo. Algumas estavam com flores e outras choravam.
Durante vários momentos, simpatizantes gritavam "Navalny! Navalny!".
Um dos colaboradores mais próximos de Navalny, Ivan Zhdanov, publicou no Telegram um vídeo que mostra vários homens retirando o caixão do carro funerário.
— Será necessário tempo para preparar o funeral. A família vai entrar na igreja — disse.
O funeral é transmitido para quem não pôde comparecer ao local:
Quem era Alexei Navalny
Alexei Navalny, opositor do presidente russo Vladimir Putin e principal adversário do Kremlin, morreu no dia 16 de fevereiro na prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos, conforme informou o serviço penitenciário.
O ex-advogado que se tornou conhecido havia mais de uma década por satirizar a elite do presidente Putin e denunciar casos de corrupção ganhou notoriedade na década de 2010 ao liderar movimentos de oposição que levaram milhares de pessoas às ruas em protesto contra o presidente russo.
Ele foi detido pelas forças russas em janeiro de 2021, logo após retornar da Alemanha, onde recebeu tratamento por suspeita de envenenamento.
Navalny foi condenado a uma pena que o manteria na prisão até os 74 anos, sob acusações que ele alegava serem fabricadas com o intuito de mantê-lo afastado da política.